Interdisciplinaridade
Adriana Azevedo Paes de Barros Doutoranda em Comunicação Social e Professora UMESP
“ Não existe nada mais prático do que uma boa teoria.” Kurt Levin
INTRODUÇÃO
1 – A construção da interdisciplinaridade
Interdisciplinaridade ou interdisciplinariedade? Ainda que possa parecer algo moderno ou pós-moderno, parece que a idéia é antiga, o termo é relativamente novo, mas essa tentativa de superar uma visão
fragmentária dos objetos e dos acontecimentos, de construírem conhecimento da totalidade das coisas e de permitir um intercâmbio entre os diversos conhecimentos, é uma atitude um pouco antiga. Em Aristóteles por exemplo, encontramos preocupações
“interdisciplinares” , quando este, sendo o pai da idéia de dividir as ciências de acordo com os tipos de objetos – para objetos distinto, ciências distintas, que teriam metodologia e linguagem diferentes – percebeu o perigo que isso representava, criando visões parciais da totalidade do mundo. Assim, para superar esses conhecimentos fragmentários , propõe unificá-los numa totalidade explicativa que seria realizada pela filosofia. A discussão aberta por Aristóteles perpassou gerações de pensadores e já no século XVIII assistimos ao surgimento do enciclopedismo, que foi uma tentativa interdisciplinar de reter todas as informações sobre o
mundo e sobre o homem num único livro, mesmo que com vários volumes. O objetivo era que qualquer indivíduo pudesse ter acesso ao conhecimento até então acumulado. O fato é que as tentativas e ações interdisciplinares não são recentes, porém sua prática efetiva tem sido um desafio constante a nós
educadores que acreditamos ser vital à educação (principalmente nos cursos de comunicação) a construção de um espírito investigatório em nossos educandos, baseados no hábito do debate e da pesquisa científica. Desta forma, inserida neste contexto de inquietude este trabalho nasceu, não apenas