Interdisciplinaridade e objeto de estudo da Comunicação
No século XX se deu o surgimento de diversas Ciências Humanas, que ao desenvolverem-se, revelaram a importância dos conhecimentos em torno dos processos comunicativos e deslocaram sua atenção para a problemática da comunicação. Dentre elas, surgiu uma disciplina cujo objetivo seria os processos de comunicação, mas esta “jovem” ciência não conseguiu definir suficientemente o seu objeto de estudo. A natureza interdisciplinar da Comunicação reflete nesse problema, que tem sua dimensão revelada à medida em que notamos que os processos comunicativos estendem-se por todas as Ciências Humanas.
As Ciências Humanas têm como objeto comum o homem, um ser essencialmente comunicativo, tornando quase obrigatória a análise dos processos comunicativos, o que dificulta a delimitação precisa do objeto da Comunicação, já que ele se encontra misturado com as outras disciplinas.
Deve-se, então, colocar o problema das relações da Comunicação com as outras disciplinas e procurar saber qual é o trabalho específico daquele que estuda a Comunicação como disciplina autônoma e o seu objeto de estudo. Isso consiste em analisar a Comunicação que, ora aparece como fundamento das ciências do homem, ora como síntese do produto dessas ciências. Na realidade, a Comunicação passa para o sentido interdisciplinar, não podendo constituir-se como disciplina autônoma.
Se a Comunicação pretende ser uma disciplina, é preciso que seja mais do que uma simples intersecção de diversos saberes e que haja uma interdisciplinaridade que seja resultado da exigência do próprio objeto.
O Funcionalismo é herdeiro do Positivismo e a Escola Americana ou Mass Communication Research, formada por Lasswell, Lazarsfeld, Merton e outros cientistas sociais também é conhecida como Funcionalismo. E segundo Luiz Martino atribui inadvertidamente a analise dos meios de comunicação, seu foco está na interação social como representado no modelo de Lasswell que se resume