Interaccionismo simbolico
PORTO
MAIO / 2013
Pretendemos nesse momento resumir em dois pequenos parágrafos as principais características do filme Dogville. Em seguida pretendemos aplicar-lhe os conceitos da obra de Cohen, sobretudo relacionando-o ao tema da constituição do “pânico moral”. Dirigido pelo cineasta Lars Von Trier e lançado em 2003, esse filme é parte integrante da trilogia “E.U.A. Terra de Oportunidades”, que contém como sequência o filme Manderlay (2005) e Washington (Ainda não lançado). O longa-metragem constítui-se por 10 capítulos e conta com uma narração como recurso do enredo. A história passa-se em um pequeno vilarejo chamado Dogville, não apresentando uma localização geográfica precisa, mas com fortes indícios que a história se passa nos Estados Unidos, particularmente no período da grande depressão. Uma importante característica do filme é que o narrador é o responsável por apresentar os moradores de Dogville. Outra questão importante apresentada é a forma peculiar do espaço em que a narrativa se desenvolve, em que não possui um cenário a priori, tratando-se de espaços demarcados em um galpão vazio.
Dentre as personagens principais, Tom Edison Jr (Paul Bettany) é um dos moradores de Dogville que procura um exemplo para demonstrar a própria vila que os moradores não aceitam novos desafios. O mesmo vê na Grace Margaret Mulligan (Nicole Kidman) a oportunidade perfeita: uma jovem fugitiva que pede auxilio pois a mesma é fugitiva e estaria se escondendo de um grupo misterioso de gangsteres. Através do intermédio de Tom, Grace consegue ficar na vila desde que pagasse de alguma forma sua estadia. Em um primeiro momento os moradores recusam ser auxiliados por Grace. Contudo, com o passar das semanas, Grace começa a fazer pequenas tarefas que teoricamente não necessitariam ser realizadas por alguém mas que os moradores permitem que ela o faça, como prova de generosidade por encobri-la da