Inteligência e Intuição
Estética – Filosofia das Artes
Segundo Platão, cabe aos artistas as alternativas de serem considerados injustos ou encarnarem um “mago”, ao qual ocorreriam revelações sem a lógica discursiva considerada por ele o único caminho para a verdade. Ele também condena a imitação (mimesis), vendo nisso uma mentira. Já com Aristóteles foi observada uma mudança muito grande em relação à postura, ao pensar: para ele a arte é um fato, e é oriunda da escultura, pintura, literatura (poesia) e até da música, o que são caracterizados como um comportamento normal do homem. Ao contrário de Platão, Aristóteles tenta “desagrupar” todas essas manifestações, aprofundando cada uma delas separadamente. Além de chamar atenção pelo seu caráter pedagógico, quando faz o espectador sentir temor e compaixão, e por considerar a arte mais filosófica do que a própria História.
Um tempo depois, já relacionando a arte com religião, política e economia, pode-se observar um “processo de autonomização” das manifestações estéticas, e um outro que é o de “intelectualização” progressiva. A primeira marca a “quebra” da dependência da arte com relação à Igreja, ao Estado e ao poder econômico, o que era muito presente na Idade Média. Já o segundo pode ser relacionado com a presença de elementos mais racionais indicando a superação da “confusão” entre arte e artesanato que era existente na Antiguidade. Tudo isso ajudou no processo de consolidação da autonomia da arte.
O que se pôde perceber com a leitura da apostila foi que claramente a arte veio passando por muitas mudanças ao longo do tempo, seja no modo de ser pensada (pelos filósofos e pensadores), seja na forma de ser colocada em prática ou até mesmo no seu “conceito”. Platão enxergava a arte como um todo, já Aristóteles enxergava as suas “subdivisões”. E assim foi mudando até hoje, e continua. O que nos faz perceber que a arte é uma coisa totalmente mutável, e que nunca vai poder ser perfeitamente “estereotipada”.