INTELIGENCIA NATURALISTA
Em 1996, Gardner fez a primeira ampliação da sua listagem original acrescentando a inteligência naturalística. Ele descreveu o naturalista como um indivíduo "apto para reconhecer flora e fauna, fazendo distinções relativas ao mundo natural e para usar essa habilidade produtivamente na agricultura ou nas ciências biológicas". Apesar da habilidade de apreciar a vida ao ar livre ou de sentir-se confortável junto à natureza sejam importantes aspectos dessa inteligência, ela tem sido caracterizada mais como uma capacidade para discernir, identificar e classificar plantas e animais, do que uma habilidade de conviver com a natureza. Charles Darwin foi caracterizado como possuidor de uma inteligência naturalística muito marcante. Stephen Jay Gould, usou a teoria das múltiplas inteligências para ajudar a explicar o seu sucesso. Gould observou que Darwin foi um estudante indiferente: "Absolutamente nada em qualquer registro documenta características indicativas de brilho intelectual." Contudo, segundo Gould: "Ele coordenava as inteligências múltiplas para ver, obter e ordenar informações." A habilidade de Darwin para identificar e classificar insetos, pássaros, peixes e mamíferos, resultou na sua teoria da evolução, que figura como uma das maiores contribuições intelectuais do século dezenove.
IMPLICAÇÕES PARA A EDUCAÇÃO: O trabalho com a inteligência naturalística está apenas começando. Por exemplo, estuda-se suas diferenças e semelhanças com a matemática. Procura-se um meio de deixar os estudantes usarem suas habilidades para identificar e organizar. Idealmente, pode-se fornecer um cenário naturalista para essa inteligência. Pode-se pedir aos estudantes para criarem categorias de classificação de personagens históricos e organizá-los de modo que explique os acontecimentos, ou então levar a classe para uma viagem a uma área natural de preservação. É necessário começar a procurar por essa inteligência nos estudantes, pois a razão de trazer a