Integralismo: o fascismo brasileiro na década de 30 de acordo com Hélgio Trindade
Ao debruçar-se sobre tal matéria, o autor inicia tratando da Ideologia, em seus fundamentos doutrinários, passando pela ideia de que o integralismo se trata de uma proposta de Estado que muito se assemelha aos Estados nazi-fascistas que se espalhavam pela Europa, no entanto, Trindade não se resume às semelhanças, e busca tratar sobre as diferenças e especialmente em que âmbito o Integralismo no Brasil se diferencia, e toma suas próprias dimensões nacionais.
Neste exercício, o autor o separa do fascismo italiano, pois o trata como um fascismo que teria vindo do fato, para depois ser doutrinado, e no caso brasileiro, a doutrina é mais importante que o fato. No caso conterrâneo para o autor então, o Integralismo brasileiro está arraigado numa inspiração cristã diferenciada do caráter econômico agnóstico do nazismo, como do fascismo italiano.
Em seguida, inicia-se uma questão sobre a natureza do Homem e seus grupos naturais, que seriam basicamente inerentes à condição de existência humana, sendo estes grupos naturais, a família, o grupo profissional, e a unidade política local. Tratando-os como necessidades advindas da própria existência humana, como a família, sendo independente e autônoma, nada deve ou poderia ser feito para evita-la, pois é uma condição natural, em seguida, trata do trabalho do Homem, que seria uma necessidade comum do Homem trabalhar, e este trabalho seria a base para a corporação do Sindicato, crendo também ser uma unidade natural. Diz que todos estes necessitam de uma base física, e esta base é a unidade política local, o município.
Passado destas bases naturais, Trindade torna seu olhar para a teoria das três humanidades, que explicariam as sociedades do humano, e estas sociedades teriam um lugar no desenvolvimento da