insuficiência renal aguda
36: 307-324, abr./dez. 2003
Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NEFROLÓGICAS
Capítulo I
INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA
ACUTE RENAL FAILURE
José Abrão Cardeal da Costa1 ; Osvaldo Merege Vieira-Neto2 & Miguel Moysés Neto2
Docente1, Médico Assistente2. Divisão de Nefrologia. Departamento de Clínica Médica. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP.
CORRESPONDÊNCIA: José Abrão Cardeal da Costa. Divisão de Nefrologia. Departamento de Clínica Médica. FMRP- USP.
Av. Bandeirantes, 3900 - CEP 14.049-900 - Ribeirão Preto - SP. Fone/Fax: 016 633.6695 - E-mail: jacdcost@fmrp.usp.br
COSTA JAC; VIEIRA NETO OM & MOYSÉS NETO M.
36: 307-324, abr./dez.2003.
Insuficiência renal aguda. Medicina, Ribeirão Preto,
RESUMO - A insuficiência renal aguda (IRA) tem incidência, em torno de 2 a 5%, em pacientes hospitalizados com grande influência de fatores como: choque séptico, hipovolemia, uso de aminoglicosídeos, insuficiência cardíaca e contrastes para R-X. Uma parte desses pacientes tem sido tratada em unidades de terapia intensiva e, dependendo do quadro, pode haver alta taxa de mortalidade. Neste capítulo, apresentamos as causas mais comuns de IRA, enfatizando sua prevenção no meio hospitalar. É importante distinguir nesses casos, as causas pré-renais das renais. Entre as causas renais, destacamos a necrose tubular aguda (NTA), geralmente provocada por hipoperfusão renal e/ou nefrotoxinas endógenas e exógenas. O manitol, furosemide e dopamina têm sua ação discutida nos casos de IRA, especialmente nas primeiras 24 a 48 h que é quando, aparentemente, teriam sua maior utilidade. Com relação ao tratamento conservador, o balanço hídrico exerce papel fundamental no seguimento, além das medidas que evitam a ocorrência de infecções, que são a causa principal de complicação nos quadros de IRA. O tratamento dialítico, quando necessário, é realizado através de ultrafiltração, hemodiálise intermitente, diálise peritoneal, ou hemodiálise