Insuficiencia cardiaca
É o estado fisiopatológico em que o coração é incapaz de bombear sangue a uma taxa satisfatória às necessidades dos tecidos metabolizadores, ou pode fazê-lo apenas a partir de uma pressão de enchimento elevada (Braunwald e Bristow, 2000). A insuficiência cardíaca, ou insuficiência cardíaca congestiva (ICC), é uma doença muito comum, que atinge aproximadamente 4,8 milhões de americanos. Enquanto outras doenças cardíacas se tornaram menos comuns nos últimos anos, a incidência de ICC está cada dia maior. A causa disso pode ser o fato de que pessoas com outras doenças cardíacas sobrevivem por mais tempo, mas seus corações ficam prejudicados e isso causa a ICC. Além disso, com o crescimento da população idosa, há mais pessoas com risco de desenvolver ICC. Aproximadamente 400 mil novos casos de ICC ocorrem a cada ano e essa doença é o diagnóstico mais comum em pacientes hospitalizados com mais de 65 anos. Essa doença pode aparecer de modo agudo, mas geralmente se desenvolve gradualmente, às vezes durante anos. Sendo uma condição crônica, gera a possibilidade de adaptações do coração, o que pode permitir uma vida prolongada, às vezes com alguma limitação aos seus portadores, se tratada corretamente. Se não tratada o paciente poderá vir a óbito.
Há fatores que deixam o coração funcionando como uma bomba hipoefetiva como lesões das válvulas cardíacas, pressão externa em torno do coração, deficiências vitamínicas, miocardite (derivada do reumatismo ou doenças infecciosas) e lesões no pericárdio. A hipertensão arterial, arteriosclerose e alterações do funcionamento das válvulas cardíacas é o grande responsável por 95% dos casos. Quando uma dessas causas atinge o coração incapacitando-o, alguns mecanismos e compensadores cardíacos e extra cardíacos se processam para superar essa falência funcional. O coração entra em luta para conservar o volume de expulsão normal às exigências tissulares e orgânicas