Instrumentos Da Analise Institucional
A teoria pode escolher entre a terceira via, i.e. ser emancipador o que não for conservador, seja social-democrata liberal ou social-democrata previdência (ênfase na liberdade de mercado ou na igualdade de oportunidades), a via justa, i.e. a que centra o realismo na vida social e não só na vida económica, fazendo passar entre as duas versões da social-democracia a fronteira entre conservadores e emancipadores ou, como terceira opção, considerar ser a modernidade avançada um território social institucionalmente marcado, onde processos de modernização e de desmodernização são estabelecidos de forma mais ou menos independente uns dos outros, mais ou menos em simultâneo, com resultados incertos tanto ao nível institrucional como aos níveis social e global. Esta última hipótese tem a vantagem de ser susceptível de pesquisar não apenas a dimensão empírica capaz de informar as hipóteses teóricas que se possam deduzir ou induzir, mas também verificar empiricamente a verdade, subjectiva e objectiva, dos pressupostos teóricos sobre as fontes sociais da emancipação, em particular as suas simensões ideológicas. Numa perspectiva mais cartográfica, podemos identificar outra vantagem da última hipótese de trabalho. As instituições políticas, tal como as instituições mercantis, produtivas, financeiras, repressivas e outras tem especificidades muito diferentes, de acordo com as respectivas missões, recursos, histórias e protagonistas e de acordo com as conjunturas de mútuos conflitos, acordos e tutelas. Assim, quando é verdade uma situação de terceira via, num quadro geral de análise de investigação política, não significa que noutros planos institucionais, por exemplo no campo das instituições repressivas – por exemplo, políticas de não paridade entre princípios de direitos humanos e de produção e comércio de armamento -, os “interesses”, comos e costuma dizer, não se sobreponham às intenções declaradas no plano das