Instrumentação industrial
A LTERNATIVAS D E O RGANIZAÇÃO
D O T R A B A L H O E D A P RODUÇÃO*
Rteardo Taulle**
M eu ponto d e p artida é a d iscussão d a m odernidade. É u m a ssunto q ue v oltou à t ona a p artir d e 1986, q uando Mário Henrique Simonsen disse, numa reportagem d a r evista Veja, q ue o B rasil precisava modemizar-se, automatizar-se, para ganhar maior c ompetitividade.
N a época, e u e stava fazendo pesquisas d e c ampo e m 11 c omplexos industriais d iferentes e p ercebi q ue a q uestão n ão era bem e ssa. S e os e mpresários brasileiros c omeçassem a a utomatizar tudo, desenfreadamente, os efeitos sobre a competitividade s eriam muito distintos. E m c ontrapartida, seletivamente, c om m uito pouca coisa e m t ermos d e a utomação, talvez conseguissem grandes avanços.
O q u e e stava a li p resente e ra um d iscurso generalista, substância ideológica d o d iscurso neoliberal. Discurso q ue g anharia força e c hegaria â b oca d e C ollor e d e u m a p orção d e o utras pessoas, basicamente defendendo a a bertura d e m ercado.
E stava fazendo u ma s érie d e p esquisas sobre automação n o B rasil e n o M undo, f ormas d e a utomação, robôs, máquinas-ferramentas c om c ontrole numérico, setor a utomobilístico, e tc. Até 1986/87, v inha prosseguindo nessa linha. E ra meu o bjetivo e ntender os diversos aspectos do que vou chamar de linha Aiarof da tecnologia, tentando r ealmente compreender o q ue era essa tecnologia, sua nova base t écnica, a r evolução t ecnológica d a m icroeletrônica.
C omecei então a m e d eparar com informações e t extos d e c olegas. Mais precisamente a o f inal d e 1986 e i nício d e 1987, C arlota Peres, e m uma c onferência, teria a lertado q ue s urgiam indicações d e que g randes aumentos d e p rodutividade estavam o correndo n ão por f orça d a a utomação e m si, mas por f orça d as m odificações organizacionais q ue e stavam sendo introduzidas n o p rocesso d e p rodução. Tive contato t ambém c om t extos