Instrumentalidade
Desde o período em que o Serviço Social ainda fundava sua base de legitimidade na esfera religiosa, passando pela sua profi ssionalização e os momentos históricos que a constituíram, a dimensão técnica-instrumental sempre teve um lugar de destaque, seja do ponto de vista do afi rmar deliberadamente a necessidade de consolidação de um instrumental técnico-operativo “específi co” do
Serviço Social (falamos aqui em especial da tradição norte-americana, que teve forte infl uência sobre o Serviço Social brasileiro, sobretudo entre os anos 40 e 60), seja no sentido de afi rmar o Serviço
Social como um conjunto de técnicas e instrumentais
– em outras palavras, uma tecnologia social1.
Em outros momentos, no sentido de atribuir à instrumentalidade do Serviço Social um estatuto de subalternidade diante das demais dimensões que compõem a dimensão histórica da profi ssão2.
Esse debate é apenas introdutório para localizarmos as razões que fazem da instrumentalidade do Serviço Social uma questão tão importante à profi ssão, digna de um real aprofundamento teórico.
Não nos caberá neste artigo aprofundar, do ponto de vista teórico-fi losófi co, o debate sobre a
1 Essa visão pode ser identifi cada como uma componente da corrente
denominada