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André Urani Adriana Fontes Ivo Chermont Rudi Rocha 1. Introdução Os grandes centros urbanos brasileiros têm sofrido graves problemas como violência, favelização, desemprego. A Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ) não se diferencia. Estes fenômenos estão associados às dificuldades de se imprimir um ritmo de desenvolvimento capaz de assegurar níveis satisfatórios de qualidade de vida para toda a população. A perda do dinamismo econômico da RMRJ tem sido destacada há algumas décadas. O fato do Rio de Janeiro ter sido a capital do país durante 150 anos, e, portanto, o centro político-administrativo, financeiro e comercial, marcou fortemente sua dinâmica econômica. Com a transferência da capital para a Brasília e a decadência dos setores industriais, o Rio sofreu profundo esvaziamento econômico. Enquanto São Paulo desenvolveu um parque industrial moderno e dinâmico, o Rio permaneceu com os setores tradicionais que foram, aos poucos, se tornando obsoletos. A indústria carioca se concentrou em bens não duráveis e voltados ao mercado interno, logo mais vulnerável a oscilações macroeconômicas. A contrapartida disso foi uma progressiva importância e dependência do setor terciário e do setor público. Mais recentemente, o setor financeiro migrou para São Paulo e a importância do Rio de Janeiro como centro turístico nacional diminuiu. O desenvolvimento da indústria de petróleo permite o crescimento recente da produção no estado. Entretanto estas atividades se concentram fora da região metropolitana e, além disso, não proporcionam grande expansão do emprego nem melhorias das desigualdades sociais existentes. O conceito de desenvolvimento muitas vezes é confundido com o de crescimento econômico. A proposta aqui é analisar o desenvolvimento da RMRJ definido de forma ampla como crescimento econômico com melhor distribuição de renda e qualidade de vida da população. Com este intuito, o artigo se divide em três