Inovação e lucros em oftalmologia

INOVAÇÃO E LUCROS EM OFTALMOLOGIA

A análise do mercado pode indicar ou sugerir caminhos para o sucesso econômico-financeiro de médicos e clínicas oftalmológicas.

Com o crescente número de profissionais que se incorporam ao mercado, a taxas superiores ao crescimento da população, é natural que o aumento da oferta de médicos, principalmente nos grandes centros, produza o achatamento dos ganhos individuais.

O avanço tecnológico e o aumento das residências médicas de bom nível têm sido responsáveis, segundo os próprios oftalmologistas, por um nivelamento “por cima” da especialidade.

Por outro lado, os convênios médicos, preocupados com sua própria economia, cada vez mais, procuram baixar preços.

O cliente particular, hoje em dia, é muito mais aquele que não tem condições de pagar um bom convênio e, juntando economias pessoais e familiares, consegue agendar e pagar uma consulta urgente, mas, muitas vezes, não dispõe de recursos para exames, tratamentos e cirurgias.

O Sistema Único de Saúde paga preços aviltantes.

Surge, então, a pergunta: “o que fazer?”

A teoria do lucro associa o lucro à INOVAÇÃO. Ensina Joel Dean que “o papel principal é desempenhado pelo empreendedor (sinônimo de inovador), que vê o valor de uma ideia nova e é capaz de organizar e executar o trabalho de transformá-la em dinheiro”. E continua: “Ele não é o inventor que descobre a ideia; o gênio dos negócios raramente aparece aliado ao gênio intelectual.”.

Essa ideia nova pode ser um produto novo, que pode ser vendido a preços mais altos. Porém, pode também ser uma forma de produzir um produto existente a um custo menor ou de aumentar as vendas aos preços atuais.

Se essa inovação não puder ser protegida por alguma barreira legal - uma patente, por exemplo, depois de um tempo, mais longo ou mais curto, a ideia passa a ser de domínio geral e desaparecem os lucros.

A cirurgia refrativa é um exemplo claro desse fenômeno: os primeiros aparelhos de excimer laser trazidos