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Tendo como grande desafio à questão da aprendizagem das classes populares, não apenas para a leitura da palavra, mas para a leitura do mundo, nos deparamos com uma dolorosa realidade, tanto para educandos, quanto para educadores.
Todos nos sabemos que a escola não vai bem e que a educação atravessa um momento complexo. Os “desmontes sociais” atuando diretamente na escola e seus participantes: desmonte familiar, político, educacional, emocional, nos obrigam a enxergar questões antigas com novas lentes. São as diversas questões a serem aprofundadas e validadas na prática cotidiana de nossas escolas.
Educar pressupõe emocionar, aprender vincula-se aos afetos educar não é tarefa fácil. A educação pressupõe que cada sujeito envolvido no processo possa interagir com outros na busca de crescimento e transformação. Tanto os que aprendem, quanto os que ensinam, numa perspectiva psicológica, entrecruzam subjetividades na relação pedagógica. Isto implica que olhemos o processo de ensino-aprendizagem, não apenas sob o foco do cognitivismo, mas avançando para uma visão ampliada de ser humano integral, homem que pensa, sente e age.
Em seus processos psíquicos, o ser humano integra funções mentais superiores e inferiores, dando forma às suas ações, ora fazendo prevalecer em suas atitudes uma ou outra, mas sempre recorrendo a ambas para estruturar-se no mundo. Incorpora aos seus atos, o mundo simbólico que construiu ao longo de seu desenvolvimento, emitindo juízo de valor sobre as coisas e situações, expandindo sua consciência sobre si e os demais.
Não há como pensar uma prática educativa que não considere o ser humano e suas emoções. Os afetos que modulam o corpo, nos preparam para ação, desencadeiam sentimentos e influem em nossa cognição, não podem mais ser desprezados e encarados como o “anjo mau” da organização psíquica humana. Encarando o aluno como ser que pensa e sente, vamos repensando a atuação dos educadores.
Considerando todas as ferramentas