Dicio
“A criação artística é uma aproximação, do que é do inconsciente. O artista mantém uma relação contraditória com o seu tempo. É sempre contra a corrente que a arte tenta operar.”
As “satisfações substitutivas” que a cultura torna acessíveis, como a arte, são segundo Freud, ilusões, mas isto não elimina o fato de serem “eficazes psiquicamente“ graças ao papel assumido pela fantasia na vida psíquica. Apesar disso, Freud afirma que o artista libera suas fantasias mais pessoais plenas de desejo, mas que elas só se tornam obra de arte quando passam por uma transformação que atenua o que nelas é ofensivo, que oculta sua origem pessoal e que obedecendo às leis da beleza, seduz outras pessoas proporcionando a elas uma gratificação prazerosa.
Através da pintura que é uma fonte de expressão é possível colocar aos olhos de todos: uma gama de sentimentos, raiva, ódio, rancor, medo, alegria, frustação, amor, paixão sentimentos esses que nem ao menos, sabemos de onde vem , e porque estamos sentindo, também trouxe e vem trazendo equilíbrio a muitas pessoas, muitas vezes inteligentes, mas com muitos conflitos, com um ego frágil e um Id querendo avançar no espaço egóico , a arte tem poder de nos ajudar a entender o nosso tão temido desconhecido. As ideias podem alterar os sentidos, sendo que as mesmas são carregadas de afeto, gerando uma quantidade de energia que precisa ser liberada, havendo tensão. Um dos métodos que fazem com que tal tensão se escoe, é a fala; porém, outra forma de exteriorizar os sentimentos e pensamentos que ocupam a mente a todo instante, é por meio da criação artística. O artista libera sua criatividade através do que guarda consigo, expressando sua visão de mundo e sensações envolvidas nesta. Passa então a organizar suas ideias e revelar seus desejos inconscientes que ocultam-se e se disfarçam sob a sua consciência. De modo que, apenas vai revelar à consciência o que for permitido, reprimindo