Inovação e Criatividade
9 Fayga (2009) relata que “criar é, basicamente, formar algo novo”. Nas perguntas que o homem faz ou nas soluções que encontra, ao agir, ao imaginar, ao sonhar, sempre o homem relaciona e forma. “Nós nos movemos entre formas, um ato tão corriqueiro como atravessar a rua é impregnado de formas”. “As formas de percepção não são gratuitas nem os relacionamentos se estabelecem ao acaso”. “Em cada ato nosso, no exercê-lo, no compreendê-lo e no compreender-nos dentro dele, transparece a projeção de nossa ordem interior. Constitui uma maneira específica de focalizar e de interpretar os fenômenos, sempre em busca de significados”.
10 “Trata-se, pois, de possibilidades, potencialidades do homem que se convertem em necessidades existenciais. O homem cria, não apenas porque quer, ou porque gosta, e sim porque precisa; ele só pode crescer, enquanto ser humano, coerente, ordenando, dando forma, criando”.
10 Segundo Fayga (2009) “os processos de criação ocorrem no âmbito da intuição”. “Intuitivos, esses processos se tornam conscientes na medida em que são expressos, isto é, na medida em que lhes damos uma forma. Entretanto, mesmo que a sua elaboração permaneça em níveis subconscientes, os processos criativos teriam que referir-se à consciência dos homens, pois só assim poderiam ser indagados a respeito dos possíveis significados que existem no ato criador”.
11 “O ato criador não nos parece existir antes ou fora do ato intencional, nem haveria condições, fora da intencionalidade, de se avaliar situações novas ou buscar novas coerências”.
11 Para Fayga (2009) "os chamados "homínidas" deixaram vestígios que permitem inferir uma existência já de certo modo consciente-sensível-cultural”. “Somente ante o ato intencional, isto é, ante a ação de um ser consciente, faz sentido falar-se da criação. Sem a consciência, prescinde-se tanto do imaginativo na ação, quanto do fato da ação