Informática
Os primeiros especialistas em computação formados trabalhavam em cartões perfurados, fitas magnéticas e computadores do tamanho de armários. Na época dos grandes ”mainframes”, a formação de pessoal na área de informática era muito restrita a operadores de sistemas fabricados por grandes empresas fornecedoras dos computadores. O problema era que esses fabricantes – que treinavam pessoas para seus próprios interesses – forneciam aos profissionais uma visão muito imediata, focada em seus sistemas. Na época, percebeu a necessidade de formar mão-de-obra mais qualificada e independente. O resultado foi cursos-relâmpagos, como de dois anos, em que os alunos tinham apenas uma semana de férias a cada trimestre. Assim, os alunos aprendiam a programar para as necessidades mais diversas: desde controles complexos do caixa de empresas até a simples confecção de uma carteira de identidade.
Inicialmente, existiram máquinas gigantes que ficavam bem instaladas em salas climatizadas com temperatura em torno dos 20º, brancas e com piso elevado, eram alimentados por dados oriundos de cartões perfurados e geravam maravilhosas “listagens de computador”. Tudo isso se dava através dos “mainframes”, que por sua vez eram gigantescos, e ocupavam cerca de 30 metros quadrados em uma sala, os melhores computadores da época tinham uma memória RAM de no máximo 512 kilobytes. Eram utilizados discos removíveis com no máximo 200 megabytes de memória. Não havia comunicação eficiente entre os “mainframes”. As conexões eram lentas e extremamente caras. Um computador como o “Burroughs B6700” alimentava outros terminais com uma tecnologia bem mais precária. O software básico usado era alugado de grandes companhias. Havia um contrato mensal com o fornecedor para manutenção. As