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PROPAGAÇÃO DE ONDA TERRESTRE NA FAIXA DE FREQUÊNCIAS MÉDIAS
– APLICAÇÃO AO PLANEJAMENTO DA RADIODIFUSÃO SONORA DIGITAL
RESUMO
Este trabalho discute o problema da propagação da onda terrestre na faixa de ondas médias visando aplicação no planejamento da radiodifusão sonora digital. Inicialmente são descritas as características básicas da Recomendação UIT-R P.368-9 e comentadas suas deficiências no que diz respeito às necessidades da radiodifusão digital. A seguir, são tratados itens diretamente relacionados à melhoria do procedimento a ser adotado no cálculo da área de cobertura, quais sejam: a) Influência das irregularidades do relevo; b)
Propagação em áreas urbanas e suburbanas; c) Efeito da vegetação na propagação da energia; d) Variabilidade da intensidade do sinal. As conclusões do trabalho procuram destacar ações a serem seguidas na implantação dos refinamentos comentados ao longo do texto.
1. INTRODUÇÃO
A radiodifusão sonora digital (RDS) tem motivado inúmeros estudos com a finalidade de aprofundar o conhecimento da propagação da onda terrestre na faixa de frequências médias. Isto porque, enquanto o sinal analógico apresenta uma degradação progressiva a medida que decresce o nível da intensidade de campo, o limiar do sinal digital é caracterizado por uma variação abrupta entre alta qualidade e ausência de sinal.
Consequentemente, é fundamental que a área de cobertura de uma emissora com tecnologia digital seja definida do modo mais preciso possível.
Em sua forma geral, a onda terrestre é composta por uma onda espacial e uma onda de superfície. Por sua vez, a onda espacial possui duas parcelas, a onda direta e a onda refletida. Na faixa de ondas médias, como as antenas transmissora e receptora são posicionadas na superfície da terra, a onda direta é anulada pela onda refletida, não havendo onda espacial. Adicionalmente, não será considerada neste texto a contribuição da onda ionosférica.