Resumo - Etnografia e controle de impressões em uma aldeia do Himalaia.
Em sua monografia “Etnografia e controle de impressões em uma aldeia do Himalaia, Gerald D. Barreman descreve alguns aspectos de sua pesquisa de campo, analisados segundo seu ponto de vista, com o objetivo de retratar alguns aspectos da experiência humana que constitui o trabalho de campo. A pesquisa foi realizada em Sirkanda e seus arredores, uma aldeia camponesa do Baixo Himalaia, na Índia Setentrional, uma sociedade estreitamente fechada e rigidamente estratificada.
A pequena aldeia contava em média com trezentos e oitenta indivíduos. Os aldeões eram conhecidos pela falta de hospitalidade com as pessoas de fora da comunidade. O único contato que tinham com pessoas de fora eram com policiais e coletores de impostos que, na maioria das vezes, praticavam extorsão e traziam complicações para os aldeões, eram julgados inferiores espiritualmente e moralmente.
No começo da pesquisa, quando Barreman e seu companheiro, o intérprete Sharma, chegaram a aldeia, eles foram recebidos com desconfiança. Conforme o tempo passou as suspeitas dos aldeões foram diminuindo.
Quando o etnógrafo demonstrou seus motivos para a pesquisa – disse que tinha objetivo de estudar o modo de vida, costumes sociais, religião e etc de Sirkanda, para que pudessem tratá-los de uma maneira inteligível e justa assim como os indianos estudavam os americanos - foi nítida a melhora no relacionamento com a aldeia de forma geral e o estigma inerente a conversar com ele e seu intérprete quase que desapareceu. Três meses foram gastos apenas com o processo de estabelecimento de relacionamento, para apresentarem-se como observadores de confiança, que se interessavam pela vida da aldeia.
A comunidade apresenta divisões internas por um sistema de castas. Apesar dos membros das castas baixas serem os melhores informantes, aos poucos, também conseguiram conquistar a confiança de alguns membros da casta alta