Influência chinesa na América Latina - Geopolítica
O gigante asiático tem se aproximado não só de países sul-americanos, mas também tem buscado uma cooperação maior com toda a região, assim como fez na América Central com a construção do Canal interoceânico na Nicarágua, que será uma alternativa ao Canal do Panamá, ou ao sediar um fórum com os países da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) para discutir projetos de cooperação onde o presidente Xi Jinping comprometeu-se a direcionar investimentos da ordem de 250 bilhões de dólares nos próximos 10 anos.
Na viagem que selou o acordo de construção da ferrovia transoceânica, o primeiro ministro chinês Li Keqiang percorreu a América do Sul passando por Brasil, Colômbia, Peru e Chile. A visita não seguiu seu roteiro de aliados mais próximos de Pequim, como Venezuela, Cuba e Argentina. Os países visitados desta vez são considerados de caráter mais moderado e até mesmo, em alguns casos, alinhado aos Estados Unidos. Colômbia, Peru e Chile são pertencentes ao eixo da chamada Aliança do Pacífico, sob influência dos Estados Unidos. Os três países também integram as discussões para a criação da Parceria Trans-Pacífica (PTT), iniciativa econômica liderada pelos Estados Unidos e que exclui o gigante Asiático. Com as visitas, o premier chinês fortalece a posição de Pequim nesses países e no Pacífico latino-americano, contrapondo-se a eventuais riscos da PTT aos interesses chineses.
Toda vez que os EUA insistem em articular esquemas de integração regional destinados a conter sua