INflação
O primeiro, e talvez o mais importante, é a percepção do investidor de que ele receberá menos dividendos em função da redução da rentabilidade das empresas em cenário de inflação. Isso porque os custos de produção sobem e nem sempre existe o repasse automático para os preços. Com isso há uma diminuição das margens e conseqüentemente do lucro líquido. Com a redução do lucro líquido a empresa tende a pagar um dividendo menor ao investidor.
O segundo é o conseqüente aumento dos juros promovidos pelo Banco Central. Com o aumento, a corrida entre a renda fixa e a renda variável fica bem mais apertada, mas difícil de se prever o vencedor. A alta dos juros resulta na expectativa de um retorno maior por parte dos investidores.
A renda fixa, especialmente títulos públicos, tem risco implícito muito baixo quando comparados a renda variável. Sendo verdade a frase “quanto maior o risco, maior o retorno esperado”, investidores em renda variável passam a procurar ações que possam lhes proporcionar retornos cada vez maiores. E em um cenário de inflação, como dissemos acima, em muitos casos o retorno esperado é menor.
O terceiro, e provavelmente o menos obvio, é o aumento da taxa de desconto. Quando projetamos o preço justo para uma ação pelo método do fluxo de caixa descontado, utilizamos uma taxa composta por alguns itens, entre eles a inflação. Aumentando-se a componente inflação no WACC aumentamos a taxa utilizada para descontar os fluxos futuros e conseqüentemente reduzimos o preço justo para o ativo.
Portanto, ao invés de ter um retorno maior, temos um retorno menor, reduzindo o número de ações que competem com as taxas pagas na renda fixa. Normalmente, em cenário de inflação aumenta-se a volatilidade dos mercados.
Como a volatilidade