infinitude

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
FACULDADE DE BELAS ARTES
PÓS GRADUAÇÃO
ESPECIALIZAÇÃO EM ARTE EDUCAÇÃO: CULTURA BRASILEIRA E LINGUAGENS CONTEMPORÂNEAS
MÓDULO – LABORATÓRIO DE ARTE EDUCAÇÃO
PROFESSORA: ELIZABETE ACTIS DE SOUZA
EDUCANDOS: MAISA, LUCAS, ROSANGELA, RUBENILDES, MILENA, GABRIELA, MANOEL.

2014.1
INFINITUDE
CAMINHOS DE PROVOCAÇÕES E INSINUAÇÕES PARA A INFINITUDE
1913 a arte passa por uma mudança radical com a atitude do artista francês Marcel Duchamp, quando decidiu apresentar a roda da bicicleta sobre tamborete como obra de arte, e em 1917, com a apresentação do urinol, intitulado fonte, assinado pelo seu pseudônimo R. Mutt. Dessa forma ele revolucionou a logica do sistema artístico e a arte é invadida pelo cotidiano, criando uma forte conexão entre a arte e a vida. Desmistificador da atividade artística, nele a combinação de racionalidade, ironia e erotismo com que se subvertem as tentativas de se ordenar princípios para a arte transforma se na carga libertária, para uma outra fonte de criação, na qual a arte se aloja como questão intelectual, exigindo jogos de decifração e não mais a fruição confortável da obra.
Duchamp põe em xeque o questionamento da produção da autoria, do valor e do glamour que envolve a obra de arte. Transgrede a arte retiniana com procedimentos que irão permear toda a produção contemporânea da arte: ironia, humor, paradoxos, trocadilhos, ambiguidade e sensualidade. Esses elementos são considerados no cotidiano da vida e da arte.
A multiplicação e a repetição dos objetos se potencializam, mais ainda pela influencia da cultura de massa, base da Arte Pop. O interesse pelo cotidiano já era evidente na extensa tradução figurativa da arte ocidental. Picasso e Braque utilizavam em suas pinturas apropriações de fragmentos do cotidiano, resíduos encontrados, como papelões, jornais, retalhos de tecidos, cartas, partituras e outros. Esses objetos passavam a ganhar novos significados ao