Infidelidade Conjugal

INTRODUÇÃO
O tema da aceitação da infidelidade conjugal em mulheres casadas de meia idade foi inicialmente um assunto curioso. Perguntamo-nos os aspectos considerados por essas mulheres ao optarem permanecer casadas mesmo após terem conhecimento da traição do parceiro, afinal, a instituição do casamento prevê regras de convivência e manutenção, as quais são validadas pela sociedade e, assim, devem ser rigorosamente respeitadas para a preservação da relação.
Discutimos entre nós, se a quebra dessas regras não deveria ser suficiente para uma separação, pois, há uma mudança substancial na confiança entre os parceiros, consequentemente na dinâmica do casal. Mas, entendemos que, na instituição do casamento existem componentes que extrapolam uma relação a dois e, portanto, na exploração desses aspectos deveríamos ser amplos, mesmo que em nossa pesquisa inicial não pudéssemos abranger fidedignamente todas as problemáticas.
Hipotetisamos assim que, a troca de papéis, o complexo do "ninho vazio", a morte de pessoas próximas e queridas, assim como a consciência da proximidade do próprio falecimento, sejam elementos provocadores de uma reflexão no que cerne a separação. Por consequência, incitem nesse segmento específico de mulheres um desejo de permanência visto que, nessa relação ainda há aspectos vantajosos, como segurança e conforto, os quais irão manter uma estabilidade social e individual já alcançadas.
Sendo assim, o foco em mulheres casadas e de meia idade é importante pois, para estas a instituição do casamento já possui maior solidez do que para adultas recém casadas. Além disso, um objeto específico pode ser melhor definido, explorado e explicado, dando qualidade a pesquisa.
OBJETIVOS
A presente pesquisa tem como objetivo investigar a influencia dos aspectos hipotetizados na tomada de decisão da mulher, o grau de relevância delegado a eles na tentativa de localizar a permanência no casamento. Para tanto, devemos antes examina-los a fim de que possamos