Infertilidade
A infertilidade é uma realidade que afecta cada vez mais a população Mundial e Portuguesa também, devendo ser encarada como um problema do casal e da sociedade. Segundo estimativas da faculdade de Medicina do Porto, a incidência nacional é de 10 a 15%, semelhante à média europeia. Em Portugal perto de 500 mil indivíduos, em idade de procriar, sofrem de problemas de fertilidade e todos os anos surgem perto de dez mil novos casos (Moutinho, 2004). A Organização Mundial de saúde (1990) tem definido infertilidade pela ausência de concepção depois de pelo menos dois anos de relações sexuais não protegidas. Os factores de infertilidade podem ser absolutos ou relativos, dando origem, respectivamente, à esterilidade ou hipofertilidade. No caso da esterilidade existe uma incapacidade total de fecundar ao passo que a hipofertilidade corresponde à diminuição das capacidades reprodutivas do sujeito resultando num maior período necessário para conceber. (Moutinho, 2004). Os estudos organizados e dirigidos pela Organização Mundial de Saúde (1990) relativamente à infertilidade mostram que existe um contributo feminino superior em 52% dos casos face ao masculino mas que em cerca de 1/3 das situações os motivos para ocorrência da doença situam-se em ambos os membros do casal. A taxa de infertilidade entre os casais jovens é hoje mais elevada provavelmente devido, por um lado, a factores que decorrem dos diferentes papéis assumidos pela mulher e pelo homem na vida familiar e social na qual se verifica uma progressiva tendência de adiamento da primeira gravidez para a 4ª década de vida. Por outro lado, existem outros factores tais como a poluição, tabaco, stress, medicamentos, álcool, hereditariedade, excesso de peso, prática de abortos clandestinos, doenças sexualmente transmissíveis e factores emocionais. Existem opções sociais, tais como a adopção, que poderão constituir para muitos casais, a melhor forma de superar a ausência de filhos. Porém, são