inferencia
Ler é um exercício. Levantar hipóteses, analisar, comparar, relacionar são passos que auxiliam nessa tarefa. Entretanto, existe uma habilidade que merece destaque: a inferência.
Segundo Houaiss, inferir é: concluir pelo raciocínio, a partir de fatos, indícios; deduzir.
Entretanto, na prática, como isso pode ajudar na interpretação? Ao ler um texto, as informações podem estar explícitas ou implícitas. Inferir é conseguir chegar a conclusões a partir dessas informações.
Para facilitar o entendimento, vamos ao exemplo. Leia a tirinha abaixo:
Criada pelo cartunista Quino, Mafalda atravessa gerações com seus questionamentos
Criada pelo cartunista Quino, Mafalda atravessa gerações com seus questionamentos
Após uma leitura atenta de todos os quadrinhos, o que é possível concluir? Perceberam a profundidade da pergunta? O objetivo da interpretação não é simplesmente descrever os fatos, mas acrescentar sentido a eles.
Muitos estudantes param na superfície do texto. Por exemplo, na tirinha acima, muitos diriam: “Mafalda estava em sua casa, quando seu amigo chegou. Ela pediu que ele não fizesse barulho, porque tinha alguém doente. O amigo pensou que fosse um familiar, mas deparou-se com o mundo.” Qual sentido tem essa descrição? Nenhum, não é verdade?
Então, para encontrar a essência do texto, é preciso partir dos fatos e procurar o sentido que eles querem estabelecer.
O fato apresentado na tira é que o mundo está doente, por isso precisa de cuidados. Isso é possível? Literalmente, não. Entretanto, se usarmos a linguagem conotativa, é possível inferir, ou seja, interpretar, deduzir, que o objetivo da tira era chamar a atenção das