INFARTO AGÚDO DO MIOCARDIO ESTUDO DE CASO
C.R.M., 29 anos de idade, sexo masculino, antecedentes de diabete melito insípido, retinopatia diabética e insuficiência renal crônica, submetido a transplante de pâncreas e rim, tabagista ativo. Admitido na recepção da unidade de primeiro atendimento, em cadeira de rodas, proveniente de sua residência (de carro), acompanhado por familiares. A triagem de enfermagem foi realizada e o paciente referiu mal-estar com dor torácica intermitente, náuseas, vômitos após ter carregado moveis em sua casa naquela manha. Negou conhecimento de alergias. A avaliação inicial dos sinais vitais, realizada na triagem de enfermagem, demonstrou: pressão arterial (PA)=129/95 mmHg, freqüência cardíaca (FC) = 77 bpm, temperatura =35ºC, saturação periférica d O2 =95%. Não há registro sobre intensidade da dor. Com base nessas informações, a enfermeira da triagem indicou que o paciente fosse encaminhado para atendimento clinico urgente em consultório.
Durante anamnese, o paciente apresentou quadro de súbito desconforto respiratório seguido por perda de consciência, presenciado pelo medico dentro do consultório. Havia ausência de pulsos palpáveis. Foi levado à sala de emergência (recebendo manobras de ressucitação cardiopulmonar – RCP), onde recebeu 1mg de epinefrina intravenosa (IV). Foi identificada fibrilação ventricular ao monitor, recebendo desfibrilação com 150 joules (bifásico) após 2 min do inicio da RCP, revertendo o ritmo para sinusal, pulso cheio e PA = 180/100 mmHg. Foi submetido a sedação e entubação orotraqueal com dificuldade. O ECG inicial sugestivo de infarto agudo do miocárdio (IAM). Foram colhidos exames laboratoriais: mioglobina, troponina-I, CKMB massa, hemograma e bioquímica. O paciente foi encaminhado ao laboratório de hemodinâmica, recebendo infusão continua de amiodarona e dopamina. Foi realizada reperfusão primária da artéria coronária descendente anterior (DA) com sucesso, seguida por implante de dois stents farmacológicos (artéria