Indústria Cultural = Alienação
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Adorno (renomado intelectual alemão, Theodor Ludwig Wiesengrund-Adorno. Filósofo alemão de origem judaica -11/9/1903 6/8/1969- um dos nomes mais conhecidos da Escola de Frankfurt, que contribuiu para o renascimento intelectual da Alemanha após a II Guerra Mundial) vai dizer que a expressão “indústria cultural” deve ter sido empregada pela primeira vez no livro Dialética do esclarecimento, de autoria dele e de Horkheimer, publicado em Amsterdam em 1947. Esse termo veio substituir a expressão “cultura de massas” que era utilizada para designar uma cultura que brota espontaneamente das massas, arte popular. Adorno afirma que a indústria cultural faz o consumidor acreditar que ele é o soberano, o sujeito dessa indústria, contudo na verdade o consumidor é o objeto. Ela se apresenta como progresso, continuamente novo, contudo é sempre igual. Os defensores da indústria cultural alegam que essa indústria funciona como critérios de orientação à sociedade. O imperativo categórico da indústria cultural não tem nada a ver com liberdade, muito pelo contrário, é um dever adaptar-se sem reflexão, através de sua ideologia, a adaptação toma lugar da consciência. A indústria cultural vai dizer que o importante é adaptar-se àquilo que propicie vantagens aos mais potentes interesses. Assim é que todos acabam aceitando o mundo como é, preparado pela indústria cultural. O objetivo último da indústria cultural é a dependência e o servilismo dos homens.
Em síntese, a indústria cultural trabalha para que o mundo seja ordenado precisamente do modo que ela sugere, impedindo a formação de indivíduos autônomos, independentes, capazes de julgar e decidir conscientemente.
O cinema, o rádio e as revistas constituem um sistema. Cada setor é coerente em si mesmo e todos o são em conjunto. Hoje no Brasil constatamos que os proprietários das grandes redes de televisão são os mesmos das revistas de maior circulação, de jornais e estações de rádio de maior respaldo nacional e/ou mundial. Dessa