Industrialização Inglesa
Na segunda metade do século XVIII, acontecia a Revolução Industrial na Inglaterra, processo que proporcionou as significativas mudanças na economia e na sociedade inglesa. Mas, pouco nos perguntamos, quais foram os motivos do pioneirismo inglês no processo de industrialização?
Estudiosos da Revolução Industrial afirmam que o pioneirismo inglês na industrialização ocorreu por uma série de motivos: Primeiro, a acumulação de capital; segundo, os Cercamentos; terceiro, a utilização das energias naturais e, por último, o quarto motivo, os novos inventos, ou seja, as inovações técnicas.
O primeiro motivo seria o acúmulo de capitais que a Inglaterra havia alcançado pelo monopólio comercial durante a Expansão Marítima europeia, desde o século XVII, a Inglaterra implantou uma política Mercantilista de acúmulo de metais preciosos (ouro e prata) oriundos de suas colônias e também das colônias portuguesa e espanhola. O Mercantilismo inglês colocou a economia em crescimento.
Os Cercamentos se constituíram como o segundo motivo do processo industrial ter iniciado na Inglaterra no século XVIII. Os grandes proprietários rurais através de decretos reais puderam incorporar as terras comunais, antes pertencentes à igreja católica e camponeses. Esses últimos foram expulsos das terras e se deslocaram para as cidades para trabalhar nas indústrias. As terras passaram a ser utilizadas pelos grandes proprietários para criação de ovelhas e produção de lã, matéria-prima essencial para produção de tecidos nas pioneiras manufaturas têxteis.
O terceiro motivo foi a presença de fontes de energia natural na Inglaterra, como o carvão e o ferro. O território inglês era constituído por importantes reservas de minério de ferro e carvão mineral (Minas inglesas), que posteriormente se tornou o principal combustível das inovações técnicas, ou seja, das máquinas a vapor que substituíram as máquinas movidas à força motriz