Pioneirismo da Inglaterra na Revolução Industrial

A Inglaterra teve um papel fundamental na disseminação do capitalismo industrial no mundo, por ter sido pioneira no processo de industrialização, através da Revolução Industrial. Segundo Eric Hobsbawn, reconhecido historiador marxista britânico, alguns fatores primordiais para o pioneirismo industrial da Inglaterra já estavam postos, tais como o fato de a agricultura já não mais visar apenas subsistência, devido às inovações tecnológicas surgidas nesse período; o acúmulo progressivo de capital oriundo das exportações; meios de transporte e comunicação financeiramente acessíveis; desenvolvimento de tecnologias simples que não exigiam mão de obra qualificada, entres outros. Estes fatores incentivaram os mercados interno e externo e, combinados com o apoio do governo, fizeram com que a Inglaterra se tornasse a oficina do mundo. Ela ganhou este título devido ao grande número de exportações, pois até então outros países ainda não tinham condições de se desenvolver a tal ponto. A partir disto, devido à acumulação de capital e à crescente industrialização, o país começou a investir em outros setores da economia industrial, como o ferro e o aço. Estes investimentos levaram a uma propagação do processo de urbanização, ao advento de cidades industriais na Inglaterra e a um aumento na demanda por carvão, importante fonte de energia. Estes fatores, por sua vez, levaram à criação das ferrovias, com o intuito de aprimorar a atividade nas minas de carvão. Segundo Hobsbawn, a industrialização inglesa só se efetivou a partir do desenvolvimento deste setor, pois estimulou ainda mais as exportações, agora com ênfase no capital, equipamentos, materiais etc. Ocorreu uma notável exportação do capital britânico, que foi, em sua grande maioria, canalizado para empreendimentos em locais subdesenvolvidos, o que alavancou o desenvolvimento industrial destes, fato que ilustra ainda mais a importância da Inglaterra na disseminação do capitalismo industrial pelo mundo. Com o