Industria cultural no brasil
Este trabalho busca analisar algumas características da Indústria Cultural, apontando as questões fundamentais para pensar sobre esta categoria a partir do referencial da teoria crítica. Posteriormente, discutiu-se a consolidação do projeto capitalista de industrialização da cultura através da televisão como expressão máxima da reprodutibilidade técnica, ideologia e fetichismo.
Aspectos teóricos da Indústria Cultural: teoria crítica A indústria cultural foi tema que inspirou os grandes teóricos da Escola de Frankfurt. Primeiramente os pensadores da primeira geração haviam mantido a confiança na razão crítica, que conseguiria se impor cedo ou tarde em acompanhamento ao progresso da humanidade. Adorno e Horkheimer acreditavam que, “apesar dos percalços e retrocessos, a humanidade chegaria, em última instância, a realizar a promessa humanística, contida na concepção kantiana da razão libertadora. A razão acabaria por realizar-se concomitantemente com a liberdade, a autonomia e o fim do reino da necessidade.” O objetivo do esclarecimento seria investir os homens na posição de senhores da própria vida, dissolvendo mitos e substituindo a imaginação pelo saber. Na visão de Theodor Adorno (1903-1969) e Max Horkheimer (1895-1973), o saber, temperado pela razão crítica, seria a porta para o desenvolvimento da humanidade, que se libertaria dos mitos e primitivismos e daria vazão a todo o seu potencial de conhecimento. Este pensamento veio ao fim quando governos totalitários emergiram no entre guerras, este acontecimento levou a repensar a crença na humanidade constituindo mecanismos de rever a razão como fonte do projeto iluminista e a perceber o seu uso instrumental, a partir de uma leitura weberiana. Este processo de desencantamento do mundo vivido pelos autores deu origem a um dos mais sólidos projetos da Escola de Frankfurt que foi a teoria crítica. Para os autores da Escola de Frankfurt tudo que foi construído no capitalismo reforça o próprio