Individualismo e cultura
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO, LETRAS, ARTES, CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
Roteiro: Individualismo e cultura
Disciplina: Antropologia
Docente responsável: Prof.ª Dra. Rita Araújo Cosenza
Uberaba, MG
2013
Nas ciências sociais a objetividade é fundamental. Deve haver o mínimo possível de envolvimento que possa influenciar julgamentos ou conclusões. Para que haja esses, é necessário um tempo de convívio e observação próximo, de modo imparcial, uma vez que algumas perspectivas da sociedade ou da cultura não são superficiais e necessitam um aprofundamento maior. É necessário que se acabe com a distância entre exótico e familiar, para que assim o exótico possa virar familiar e o familiar possa virar exótico. Só porque duas pessoas participam do mesmo meio, não significa que são mais próximas do que seriam caso uma participasse de outro. Assim como, uma língua em comum pode aproximar sociedades, uma vez que o mesmo dialeto evita que significados diferentes possam ser dados a palavras e exclui diferenças. As aparências podem enganar. O que vemos sempre pode ser algo familiar, mas não é necessariamente conhecido por nós, e algo que não vemos ou encontramos pode ser exótico, mas também conhecido. Portanto, as relações com a psicanalise ficam claras. Procura-se encontrar modos conscientes ou inconscientes que possam sustentar ou dar continuidade a algumas relações ou situações. Não só o grau de familiaridade pode variar, mas o conhecimento pode estar comprometido pela rotina e hábitos. Descobrir e analisar o que é familiar, sem duvida envolve dificuldades diferentes daquelas necessárias para descobrir o que é exótico. Sendo assim, o que é real, seja exótico ou familiar, é sempre determinada pelas concepções de quem as observa, sendo percebida de maneira diferenciada.