Individualismo liberal
In: WEFPORT, F. Os clássicos da política: Maquiavel, Hobbes, Locke, Montesquieu, Rousseau, “O Federalista” Vol. I. São Paulo: Ática, 1995
Jonh Locke, o individualista liberal
“Além de defensor da liberdade e da tolerância religiosas, Locke é considerado o fundador do ‘empirismo’, doutrina segundo a qual todo o conhecimento deriva da experiência. Como filósofo é conhecido pela teoria da tábula rasa do conhecimento, desenvolvida no Ensaio sobre o entendimento humano. [...] A teoria da tábula rasa é, portanto, uma crítica à doutrina das ideais inatas, formulada por Platão e retomada por Descartes, segundo a qual determinadas ideias, princípios e noções são inerentes ao conhecimento humano e existem independentemente da experiência.” (p. 83)
Os dois tratados sobre o governo civil
“O Primeiro tratado é uma refutação do Patriarca, obra em que Robert Filmer defende o direito divino dos reis com base no princípio da autoridade paterna que Adão, supostamente o primeiro pai e o primeiro rei, legará à sua descendência. De acordo com essa doutrina, os monarcas modernos eram descendentes da linhagem de Adão e herdeiros legítimos da autoridade paterna dessa personagem bíblica, a quem Deus outorgara o poder real.” (p. 84)
“O Segundo tratado é, como indicia seu titulo, um ensaio sobre a origem, extensão, e objetivo do governo civil. Nele, Locke sustenta a tese de que nem a tradição nem a força, as apenas o consentimento expresso dos governados é a única fonte do poder politico legitimo.” (p. 84)
O estado de natureza
“Locke é um dos principais representantes do jusnaturalismo ou teoria dos direitos naturais. O modelo jusnaturalista de Locke, é em linhas gerais , semelhante ao de Hobbes: ambos partem do estado de natureza que, pela mediação do contrato social, realiza a passagem para o estado civil.“ (p. 84)
“Em oposição à tradicional doutrina aristotélica, segundo a qual a