Indisciplina

10 INTRODUÇÃO

A indisciplina tem sido um dos maiores problemas enfrentados pelos professores nas escolas públicas e privadas. Educadores nos revelam que ela manifesta-se de várias formas, desde atitudes mais violentas (como agredir o colega de sala) até as mais amenas (como, por exemplo, as conversas paralelas, levantar-se ou sair da sala sem permissão do professor) que serão discutidas ao longo do presente trabalho. A questão é que muitos docentes estão preocupados em “achar” soluções imediatas e esquecem a importância de compreender o fenômeno em si, ou seja, de pesquisar o surgimento e o que vem ocasionando o agravamento dessa problemática. Posso dizer que a indisciplina também estava presente na instituição em que eu lecionava e inclusive marcava presença na minha sala de aula. Percebi que eu estava vivenciando a indisciplina quando a maioria dos alunos não prestava atenção na explicação do conteúdo e na realização dos exercícios. Primeiramente, pensei que o problema estava na metodologia de ensino por mim adotada. Senti certa impotência diante daquela situação e cheguei a pensar em desistir de melhorar a forma de atuar junto àquelas crianças. Incomodada com essa situação vivenciada na sala que eu atuava, que antes era esporádica, mas que foi se tornando cada vez mais corriqueira, decidi pesquisar a respeito do assunto e intitulá-lo como tema do meu trabalhado de conclusão de curso da Faculdade Dom Bosco. Durante a pesquisa, fui percebendo a dimensão que a indisciplina tem tomado e o quanto ela passou a fazer parte da rotina das escolas. Não foi difícil encontrar outros professores que enfrentavam o mesmo problema para compartilhar os incômodos. Tanto os professores mais rígidos até os mais “bonzinhos” relatavam enfrentar a indisciplina no cotidiano escolar e ao mesmo tempo ansiavam por soluções. Diante da minha vontade de desvendar, ao menos parcialmente, as causas e as possíveis saídas para esta problemática, resolvi iniciar o trabalho abordando as