Indisciplina na sala de aula
Em um concurso para professores de ensino fundamental e educação infantil realizado na cidade de São Paulo em 2010 do qual participei, houve uma pergunta sobre indisciplina. Nesta questão foi descrita uma situação na qual uma criança de quatro anos havia rasgado todos os trabalhos dos colegas e, com o ocorrido, a professora colocou a criança sentada em um lugar para “pensar”. O que se queria saber era se a professora havia agido pedagogicamente ao tomar essa atitude. Esse fato inquietou-me muito, pois nunca dei aula para crianças e, embora se ouça muito sobre indisciplina, nunca me questionei sobre o que faria a esse respeito, muito menos o que seria “pedagogicamente correto”. Percebi que sabia muito pouco sobre indisciplina na educação infantil, e de maneira geral, resolvi fazer esse trabalho de pesquisa para saber mais sobre o assunto e, principalmente, como agirei quando estiver em sala de aula. O tema desse trabalho é, portanto, sobre indisciplina na escola, mais especificamente sobre as atitudes tomadas pelos professores para resolverem questões de indisciplina na educação infantil. Por isso, levanta-se a seguinte questão para orientar esta pesquisa: como os professores poderiam solucionar problemas de indisciplina na educação infantil por meio da construção de limites bem claros? Defende-se o posicionamento segundo o qual o professor deve mostrar-se firme, expressando autoridade, mas também é importante que evite o autoritarismo que, de certa forma, rebaixa o aluno. A imposição de limites e o respeito às regras, porém, devem ser colocados às claras. Muitas vezes o professor quer resolver a questão da indisciplina com autoritarismo assim como seus professores agiam no tempo em que estudavam. Não acreditando muito que o problema da indisciplina possa ser resolvido, muitos professores não procuram buscar suas causas, colocando a culpa, simplesmente, na família ou na sociedade. No intuito de direcionar essa pesquisa à finalidade proposta,