Indisciplina na escola: uma reflexão sobre a dimensão preventiva
Problemas Psicossociais no contexto da educação.
A indisciplina tem sido intensamente vivenciada nas escolas, apresentando-se como uma fonte de estresse nas relações interpessoais, particularmente quando associada a situações de conflito em sala de aula. Mas além de constituir um “problema”, a indisciplina na escola tem algo a dizer sobre ambiente escolar e sobre a própria necessidade de avanço pedagógico e institucional.
Aspectos macro: Econômicos/ políticos /sociais
O conceito de indisciplina apresenta uma complexidade que precisa ser considerada. Um entendimento suficientemente amplo do conceito de indisciplina escolar precisa integrar diversos aspectos.
De um lado, é possível situá-la no contexto das condutas dos alunos nas diversas atividades pedagógicas, seja dentro ou fora da sala de aula.
Deve-se considerar a indisciplina sob a dimensão dos processos de socialização e relacionamentos que os alunos exercem na escola, na relação com seus pares e com os profissionais da educação, no contexto do espaço escolar - com suas atividades pedagógicas, patrimônio, ambiente, etc.
É preciso pensar a indisciplina no contexto do desenvolvimento cognitivo dos estudantes. Sob esta perspectiva, define-se indisciplina como a incongruência entre os critérios e expectativas assumidos pela escola (que supostamente refletem o pensamento da comunidade escolar) em termos de comportamento, atitudes, socialização, relacionamentos e desenvolvimento cognitivo, e aquilo que demonstram os estudantes.
É papel da instituição avaliar as condições apropriadas ao processo de ensino e aprendizagem dos alunos e de suas necessidades. As elaborações dos processos educacionais devem acontecer de forma consensual, envolvendo toda a comunidade ligada à escola, formando uma representação social escolar cujo papel seja atuar sobre a avaliação e reflexão da origem da indisciplina.
A ausência de bases