independência dos EUA
A independência das treze colônias inglesas na América, ocorrida em 1776, foi bastante significativa no contexto da crise do Antigo Regime, pois foi o primeiro movimento de independência das colônias americanas. A independência dos Estados Unidos também é chamada pelos historiadores de Revolução Americana.
A colonização inglesa não foi uniforme. Como se sabe, nas colônias do centro e do norte desenvolveu-se a policultura, com base no trabalho livre e na pequena propriedade. Houve o desenvolvimento da atividade manufatureira, apesar das proibições inglesas. Na área meridional, a situação era diferente. As colônias prestavam-se à produção de gêneros altamente procurados no mercado europeu. Desenvolveu-se a grande propriedade, com base na escravidão, monocultura e dependente do mercado externo. Assim, enquanto no centro e no norte encontrava-se uma maior diversidade social (profissionais liberais, burguesia comercial e inanufatureira, pequenos proprietários), no sul existia uma rica aristocracia rural exportadora e uma grande quantidade de escravos. Os colonos dispunham de assembléias representativas e imperava o princípio do "self-govemment", em grande parte estimulado pela própria Coroa inglesa, que adotava a política de "negligência salutar" para com as colônias. Com o passar do tempo, os interesses dos colonos passaram a divergir dos interesses da metrópole.
Por volta de meados do século XVIII a maturidade econômica das colônias atingiu um nível elevado. Os navios dos colonos chegaram a fazer concorrência ao poderio mercantil e naval dos ingleses. Foram desenvolvidos os triângulos comerciais, que envolviam o comércio das colônias, Antilhas, África e mesmo a Europa.
A Guerra dos Sete Anos (1756-1763), travada entre a França e a Inglaterra, e que terminou com a vitória desta última, alterou substancialmente as relações entre a metrópole e a colônia. A guerra estendeu-se à América, com