Independência da América latina
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Processo de emancipação realizado pelas colônias ibéricas no continente americano entre o séc. XVIII e as primeiras décadas do séc. XIX. Os revolucionários foram estimulados pelo fortalecimento da elite econômica e intelectual, os criollos (descendentes de espanhóis nascidos na América), pelas ideias liberais da Revolução Francesa, independência dos EUA e o avanço napoleônico sobre Espanha e Portugal. Desse processo de emancipação, nações foram divididas, o que atendia aos interesses da Inglaterra, dos Estados Unidos e das elites locais. As colônias da América Latina permaneceram sob o domínio europeu por mais de 300 anos. Durante este período, havia um modelo de colonização exploratória, a ausência de autonomia política-administrativa e um pacto colonial que impedia o desenvolvimento econômico. O monopólio comercial era feito pela metrópole, que lucrava ao comprar matérias-primas a baixos preços para comercializá-las na Europa e vender para as colônias produtos ingleses manufaturados. A política colonial mercantilista esbarrava com os interesses econômicos da elite colonial e dos capitalistas ingleses, impedindo-os de vender suas mercadorias diretamente aos países da América. O empenho da Inglaterra na independência das colônias ibéricas: o rompimento do pacto colonial permitiu estabelecer o livre comércio e garantir o desenvolvimento do Capitalismo industrial.
No início do séc. XIX, a expansão napoleônica mudou as relações de poder na Europa e influenciou o processo de emancipação da América Latina. A “não obediência” ao bloqueio continental imposto contra a Inglaterra levou as tropas de Napoleão a invadir Portugal e a ocupar a Espanha. A invasão de Portugal com a fuga da família real para o Brasil provocou o rompimento do pacto colonial luso-brasileiro e acelerou o processo de independência do Brasil. A ocupação da Espanha e a ascensão de José Bonaparte, irmão de Napoleão, ao trono espanhol desencadearam o processo de independência nas colônias