Incubadora popular
UFPB – JOÃO PESSOA
INCUBADORA POPULAR
As incubadoras de cooperativas populares ou de empreendimentos populares expressam a efetivação da idéia de que a universidade pode contribuir, de forma expressiva, para a organização da sociedade, nesse caso, de setores empobrecidos da sociedade, na perspectiva da promoção de atividades associativas. Uma contribuição à organização das pessoas premidas pelo desemprego, para que possam assumir ocupações no campo do trabalho, apossando-se de mais renda e buscando melhoria em suas condições de vida. Nessa direção é que: “as ITCPs (Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares), resultantes de parcerias entre as universidades e a sociedade civil, certamente têm se colocado como um laboratório vivo e dinâmico para a organização do mundo do trabalho” [1].
A criação de incubadoras com essa visão remonta aos meados da década passada, quando o Programa de Pós-Graduação em Engenharia – COPPE – da Universidade Federal do Rio de Janeiro iniciava uma proposta com essa dimensão, influenciada pelos anseios de melhoria da vida do povo, voltada aos apelos da Campanha do Betinho de combate à Fome e pela Vida. Nesse momento, a Universidade Federal do Ceará criava também a sua incubadora. De forma semelhante e distinta, origina-se na Universidade de São Paulo, uma incubadora pautada pelo estímulo à organização de entidades civis realizadas pelos seus próprios sócios e por eles administradas, contudo, com uma forte presença da necessária visão de ensino e pesquisa. Uma incubadora direcionada pelos marcos gerais dos princípios cooperativistas e atenta ao exercício da extensão universitária como um trabalho social útil, conectada com o ensino e a pesquisa. A busca de uma incubadora, portanto, é a fundação e o exercício de uma série de empreendimentos democráticos voltados, substancialmente, ao exercício da autogestão, como um estilo alternativo de vida.
Hoje, há um crescente