Incorporação de lodo de eta em matriz cerâmica
Alanio Araújo Nunes (IFCE) alanioaraujo@gmail.com
Samille Milhomem Martins (IFCE) samillemilhomem@gmail.com
Prof. Dr. Francisco Mauricio de Sá Barreto (IFCE) barreto@ifce.edu.br
Prof. Dr. Tássio Francisco Lofti Matos (IFCE) lofti@ifce.edu.br
Resumo: Este trabalho tem por objetivo analisar a influência da incorporação de lodo de estação de tratamento de água-ETA nas propriedades geométricas, físicas e mecânicas do bloco cerâmico. No presente trabalho a influência da incorporação do lodo será avaliada por meio de composições preparadas com percentuais de 0, 5, 10, 20 e 30% em peso de lodo, incorporadas na massa de argila, matéria-prima de produção de blocos cerâmicos. Os corpos-de-prova serão ensaiados e por fim analisados comparativamente às características do bloco cerâmico tradicional.
Palavras-chave: resíduo de ETA; bloco cerâmico; lodo; tijolo.
1. Introdução
O tratamento da água para o abastecimento público, de acordo com Libânio (2008), consta da remoção de partículas suspensas e coloidais, matéria orgânica, microorganismos e outras substâncias possivelmente deletérias à saúde humana, presentes ou não nas águas naturais.
Nas águas superficiais, as tecnologias de tratamento de água para abastecimento público podem ser divididas a partir da existência ou não de coagulação química. Em geral, os resíduos formados da ETA estão sendo lançados em curso d’água próximo ou uma Wetland, onde esse descarte deve atender a Legislação Ambiental.
Comumente, os lodos de ETA estão sendo dispostos em aterros. É uma prática ambientalmente correta, porém envolve custos elevados como as estapas de redução da umidade do lodo e a própria disposição, considerando despesas de transporte e a redução da vida útil dos aterros sanitários.
Há várias alternativas para aproveitamento do lodo. Pode-se destacar a área da construção civil