INCLUSÃO SOCIAL EM COMUNIDADES CARENTES E LETRAMENTO
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Rio de Janeiro,
v. 8, n. 1, p. 71-80, jun., 2012
INCLUSÃO SOCIAL EM COMUNIDADES
CARENTES E LETRAMENTO
Maria Aparecida dos Santos Siqueira1
Maria Geralda de Miranda2
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo discutir a inclusão social, por meio de projetos voltados para o letramento em comunidades carentes, pois não basta apenas que o indivíduo aprenda a ler e escrever, ele deve também saber integrar a prática de leitura e de escrita para desenvolver-se de forma autônoma na sociedade. Para tanto, serão abordados conceitos como letramento, alfabetização, educação formal e educação não formal. E, por fim, será relatada uma experiência vivenciada no projeto “LETRAGUIA: Educação não formal com vistas á gestão de projetos de geração de renda em comunidades”, que está sendo desenvolvido com mulheres artesãs no Complexo da Maré, Rio de janeiro, junto ao Projeto
Cheiro de vida e a ONG ASAS.
Palavras-chave: Educação formal.
Letramento. Inclusão Social.
¹ Aluna do Mestrado Profissional
Interdisciplinar em Desenvolvimento
Local da UNISUAM. educadora1610@hotmail.com ² Docente do Mestrado Profissional
Interdisciplinar em Desenvolvimento
Local da UNISUAM e Líder do Grupo de
Pesquisa Diretório CNPq
Estudos Contemporâneos da Linguagem:
Questões socioculturais e discursivas. mariamiranda@globo.com Educação
não
formal.
Cadernos Unisuam
Rio de Janeiro,
v. 8, n. 1, p. 71-80, jun., 2012
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O Brasil, até o presente momento, ainda vem enfrentando o problema do analfabetismo, problema que se arrasta durante anos. De acordo com o (MEC/INEP, 2001) cerca de 980.000 crianças na 4ª série do ensino fundamental não sabem ler, e mais de 1.600 são capazes de ler apenas frases simples. Diante disso, surgem duas perguntas: O que significa ser analfabeto? O que significa ser letrado?
Segundo o Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa
(1988, p. 28), “analfabeto é o que não sabe ler e escrever, ou