Inclusao
Um erro que educador algum pode cometer é acreditar que trabalhar a inclusão seja tarefa fácil ou se resuma na adoção de uma ou de outra situação de aprendizagem. Essa questão é extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estão arraigados em nossa cultura e introjetados em nossa mente, um trabalho verdadeiramente sério implica em projeto de estruturação progressiva e mudança significativa. É por essa razão que o que nesta crônica se procura não é resolver os arraigados princípios que delimitam a inclusão, antes propiciar um momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluímos. Sabemos que esta contribuição é quase nada, mas também não ignoramos que não se constroem viadutos sem a participação singela de pequeninos tijolos. Justificada a intenção, vamos à ação. Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai desenvolver estratégia diferente, sem especificar que objetivos procura alcançar. E deixando alguma curiosidade no ar, distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofício, solicitando que, com letra de forma, escrevam seu nome ao alto. Tarefa concluída avise-os que vai marcar dois minutos e que nesse espaço de tempo, deverão deixar seus lugares e colher autógrafos, isto é, devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome. Desnecessário dizer que é esse um momento de extrema agitação. Ainda que não se tenha dito que importa colher muitos autógrafos, os alunos compreendendo os limites do tempo disponível buscam afoitos cumprir a tarefa. Passado os dois minutos, avisa-se que essa etapa da atividade está concluída. Agora com os alunos sentados em círculo solicita-lhes que examinem suas folhas, contando quantos autógrafos (legíveis) foram coletados. Simule uma competição, destacando quem mais e quem menos autógrafos obteve. Após esse breve debate, interrogue-os buscando saber quantos autógrafos acreditam ter assinado. Os alunos constarão, com