inclusao bilingue
BILÍNGÜE PARA ALUNOS SURDOS
Disponível em: http://www.anped.org.br/reunioes/30ra/trabalhos/GT15-2962--Int.pdf
LACERDA1, Cristina Broglia Feitosa de – UNIMEP – clacerda@unimep.br
LODI, Ana Claudia Balieiro – UNIMEP – analodi@uol.com.br
GT: Educação Especial / n.15
Agência Financiadora: CNPq
1. Introdução
Uma das discussões centrais na área de educação decorre da atual política nacional de educação que preconiza a educação inclusiva, ou seja, aquela organizada para atender a todos. Todavia, para a obtenção de bons resultados educacionais no que se refere à criança surda, suas condições lingüística e cultural devem ser necessariamente contempladas. No entanto, não é isso que ocorre com freqüência nas escolas. As crianças surdas, de forma geral, não tem tido seu direito à educação respeitado, pois devido à sua dificuldade de acesso à língua utilizada pela maioria,ficam alijadas dos processos de ensino-aprendizagem; como conseqüência, após anos de escolarização, é comum estas não apresentarem um domínio mínimo dos conceitos e conteúdos ministrados, necessários ao seu desenvolvimento e à sua adequada inserção social.
Entendemos, assim, que apenas por meio da educação bilíngüe os surdos terão possibilidade de uma educação que os respeite em sua particularidade/especificidade lingüística e, portanto, a única que permitirá um agir social de forma autônoma a partirde uma formação digna e de respeito à sua diversidade.
Dessa forma, a educação dos surdos deve priorizar, inicialmente, o desenvolvimento da língua de sinais (L1) pelo contato das crianças com adultos surdos usuários desta língua e participantes ativos do processo educacional de seus pares e, a partir dela, devem ser expostos ao ensino da escrita da língua portuguesa. Esta proposta educacional considera, assim, as particularidades e materialidade das línguas de sinais e os aspectos culturais a ela associados (NEUROTH-GIMBRONE, 1992; LEWIS, 1995,MAHSHIE, 1995;