Inclus o em Di logo
O objetivo do presente texto é analisar alguns questionamentos emergentes no debate sobre a inclusão escolar, particularmente aqueles relativos aos processos de implementação de projetos educacionais que sejam pautados em pressupostos da educação inclusiva. Na busca de apresentar uma reflexão que estivesse ancorada no cotidiano das escolas e que pudesse contribuir no sentido de levar algum esclarecimento às muitas dúvidas que têm sido apresentadas pelos professores, decidi colocar em destaque perguntas e esboçar algumas respostas possíveis. Essas perguntas foram extraídas de momentos de encontro com professores em formação, em debates sobre políticas de educação especial e sobre inclusão escolar. Qual a atual situação da inclusão no Brasil? O avanço do debate relativo à inclusão tem feito com que a temática tenha sido um dos eixos de análise contemporânea sobre os processos educacionais, no final do século XX. Fala-se muito em alargar os horizontes de uma escola que apresenta muitos pontos de resistência (VIZIN, 2003, ODEH, 2000). Os avanços mais substantivos podem ser encontrados no plano das diretrizes normativas. Depois da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) de 1996, a tendência prioritária conferida ao ensino comum na escolarização das crianças com deficiências ou com necessidades educativas especiais passa a receber atenção do Conselho Nacional de Educação (CNE), com a Resolução 2/2001, e dos Conselhos Estaduais que passam a aprovar diretrizes por meio de resoluções e pareceres que regulamentam a inclusão nos vários estados brasileiros. Há diferenças quanto às ênfases desses documentos, mas as linhas gerais são extremamente semelhantes àquelas destacadas pela legislação nacional. Apesar disso, temos ainda muitas dúvidas que dizem respeito às responsabilidades dos gestores no processo de incluir esses alunos, pois é freqüente o anúncio de uma direção pretendida,