Incentivando o estudo do Direito
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a jornada não será tranquila, pois, se assim ocorrer, o título ao final não será por mérito. Direito exige, coage, possibilita, todavia, não é uma carga, um peso. Ser cientista do Direito é um verdadeiro “dom”. Parafraseando Paulo Freire, exemplar pedagogo cujos ditos se tornam oportunos, afirmo que “de nada vale saber ler livros se você não sabe interpretar a vida”. O Direito é vivo, constante, invisível apenas para quem não saber ler o silêncio dos atos jurídicos. Para quem não consegue enxergar obrigações por trás dos fatos e atos ocorridos em sociedade. A liberdade plena é um ledo engano, pois, em verdade, como pregou o jusfilósofo e cientista político Norberto Bobbio: A NOSSA VIDA SE DESENVOLVE EM UM MUNDO DE NORMAS. ACREDITAMOS SER LIVRES, MAS NA REALIDADE, ESTAMOS ENVOLTOS EM UMA REDE MUITO ESPESSA DE REGRAS DE CONDUTA QUE, DESDE O NASCIMENTO ATÉ A MORTE, DIRIGEM NESTA OU NAQUELA DIREÇÃO AS NOSSAS AÇÕES. A MAIOR PARTE DESTAS REGRAS JÁ SE TORNOU TÃO HABITUAIS QUE NÃO NOS APERCEBEMOS MAIS DA SUA PRESENÇA. PORÉM, SE OBSERVARMOS UM POUCO, DE FORA, O DESENVOLVIMENTO DA VIDA DE UM HOMEM ATRAVÉS DA ATIVIDADE EDUCADORA EXERCIDA PELOS SEUS PAIS, PELOS SEUS PROFESSORES E ASSIM POR DIANTE, NOS DAREMOS CONTA QUE ELE SE DESENVOLVE GUIADO POR REGRAS DE CONDUTA. Trata-se de uma Ciência que preza valores de justiça, valores estes que, como pregou, por sua vez, Miguel Reale, tornam o direito mais humano, mais justo, mais proporcional e razoável (a triade da justiça – Fatos, valores e normas). Esse é o mundo que vocês escolheram, o continente do saber que está de portas abertas aos sonhos pessoais dos futuros doutores. Que venham para somar e cobrem responsabilidades de quem às têm com vocês, pois, quando se formarem (até mesmo antes disso) a sociedade vos cobrará por suas escolhas, cujas consequências podem ser boas ou