inanição
Inanição pode ser definida como um estado no qual um indivíduo encontra-se exacerbadamente enfraquecido, em consequência da falta de alimentos no organismo ou por problemas na assimilação dos mesmos.
Pode ser consequência de um jejum, uma carência de alimentos, anorexia nervosa, afecções do sistema gastrointestinal severas, um acidente vascular cerebral ou um estado de coma. Esta condição faz com que o organismo consuma os próprios nutrientes na busca por energia para realizar suas funções vitais, resultando em progressivas lesões da musculatura e dos órgãos internos, havendo desaparecimento, praticamente total, da gordura corporal.
Indivíduos adultos podem perder até metade do seu peso e as crianças mais ainda. Proporcionalmente, a perda de peso é mais intensa no fígado e nos intestinos, moderada no coração e nos rins e mais branda no sistema nervoso central.
As manifestações clínicas mais evidentes de emagrecimento exagerado são a deterioração normal das regiões onde o corpo comumente armazena tecido adiposo, a diminuição do volume da musculatura e a visualização evidenciada dos ossos (ossos protuberantes). A pele torna-se mais fina, seca, pálida e fria, além de perder a elasticidade. Os cabelos ficam ressequidos e quebradiços, caindo facilmente. No geral, os sistemas do organismo todo são afetados, sendo que a inanição total leva o paciente ao óbito dentro de 8 a 12 semanas.
O tratamento dessa condição é feito por meio do restabelecimento da ingestão de alimentos nas quantidades normais, sendo que isso deve ser feito gradativamente, para evitar um colapso do organismo. O aparelho digestivo atrofia durante o período de inanição, levando um tempo para adequar-se a dieta normal, recomendando-se a ingestão de alimentos líquidos, como sopas, sucos, sumos e caldos, para os pacientes que apresentam capacidade de ingerir alimento pela boca. Após uns dias de ingestão líquida, pode-se iniciar uma dieta com alimentos sólidos e aumentar gradualmente.