Imunologia
Há aproximadamente 40 anos a quimioterapia vem se tornando rotina em algumas clínicas veterinárias de pequenos animais, o que traz vários riscos relacionados a exposição dos medicamentos antineoplásicos, tanto aos profissionais envolvidos, aos proprietários e ao meio ambiente, quando manipulado de forma negligenciada este medicamento. Os antineoplásicos são conhecidos pelo seu potencial carcinogênico, teratogênico e mutagênico.
Na prática considera-se que apenas uma molécula desses produtos podem induzir mutação. Esses riscos não são referentes a ações sobre os pacientes, e sim aos médicos veterinários, seja por negligencia ou falta de conhecimento, nas fases que envolvem desde a aquisição até a aplicação do medicamento.
Apresentados em forma sólida ou líquida, esses medicamentos precisam ser dosificados para sua utilização. O principal risco para os profissionais acontecem no momento do fracionamento desses comprimidos, ou da aspiração de soluções a partir de frascos ou ampolas, quando se formam pós e aerosóis.
No tratamento humano, a utilização desses medicamentos encontra-se atualmente bem regulamentada, reconhecendo alguns procedimentos como de alto risco, que vão desde a aquisição da droga até o descarte adequado de fluidos e excretas do paciente.
Quanto a biossegurança na quimioterapia existe uma série de determinações e recomendações, de acordo com a legislação nacional e internacional, as quais até o momento no Brasil se tornam regra apenas para os profissionais que atuam na oncologia humana, o que tem gerado inquietação e discussões dos órgãos envolvidos com a saúde pública humana, vigilância sanitária e ambiental.
Em trabalho recentemente publicado foi relatado a falta de cuidados, seja pela não atualização e imposição da legislação pertinente ou por desconhecimento oriundos da má-formação acadêmica. Neste artigo foi avaliado a exposição ocupacional de Médicos Veterinários a medicamentos antineoplásicos na cidade do Rio de