Imuno
FACULDADE DE FARMÁCIA
DEPARTAMENTO DO MEDICAMENTO
SALVADOR
RESENHA SOBRE O ARTIGO: ANTICORPOS HUMANIZADADOS
Nosso sistema imune é responsável pelo reconhecimento de corpos estranhos e também pela sua eliminação. Os principais protagonistas desse processo, são as moléculas de anticorpos ou imunoglobulinas, principais componentes da resposta imune humoral. A partir de algumas de suas características e a possibilidade da produção de anticorpos específicos contra antígenos humanos em animais humanizados pode-se supor que essas moléculas poderiam ser usadas como fármacos, e/ou como instrumento de direção de fármacos a locais específicos do corpo de pacientes. Suposição que foi alavancada após descoberta de Milstein e Kohler sobre a produção de anticorpos monoclonais, criando grande perspectiva pela mídia e por parte da sociedade cientifica. Após a descoberta do processo de produção de anticorpos, surgiu a ideia de que os anticorpos monoclonais por conta da sua especificidade por um antígeno poderiam funcionar como “balas mágicas”, podendo atingir especifica e eficientemente um único tipo celular ou tecido. Com isso criou-se uma expectativa de que os anticorpos monoclonais seria solução para diversas enfermidades.
Em 1982, um anticorpo anti-idiotipo mostrou-se eficiente no tratamento de certo tipo de linfoma, derrubando a expectativa que anticorpos monoclonais seria a solução para diversos males. Nesse período os investimentos por parte das empresas farmacêuticas foi intenso, já que nenhum outro anticorpo testado teve resultados positivos, alguns anticorpos apresentaram toxicidade tornando inviável para uso clínico. Apenas três anticorpos haviam sido aprovados para serem utilizados: o Orthoclon, o Panorex e o ReoPro até o ano de 1994, quando na primeira metade da década de 90, os anticorpos monoclonais voltaram a ficar em evidência, por conta de novos resultados clínicos consistentes e