Flávio Villaça
Estudo Socioeconômico – Texto III
Marina de Alpoim Espier Condomitti – Turma F
No texto de Flávio Villaça, a principal discussão gira em torno do espaço urbano, que segundo o autor não é dado pela natureza mas sim produzido pelo trabalho humano. A segregação urbana só pode ser entendida se analisada a questão da desigualdade, pois esta é a forma de manifestação mais importante do espaço-urbano.
A forma mais comum de estudar a segregação é aquela que aborda o centro versus a periferia urbana porém esta análise não consegue explicar claramente a segregação e muito menos articula-la com o resto da estrutura urbana, limitando-se a denunciar a injustiça social.
Essa descrição não explica, por exemplo, por que o centro tradicional de nossas cidades cresce mais em uma determinada direção, deste modo surge uma forma mais abrangente, a abordagem por regiões urbanas, a qual tem um poder explicativo muito maior do que por bairro.
A análise por regiões permite uma explicação melhor da estrutura urbana como um todo e de sua articulação com os processos sociais fundamentais e do próprio processo de segregação, que se refere as formas de exclusão social e de dominação. Como, por exemplo, a dominação nos Estados Unidos na década de 1970, de que os negros ocupem os últimos lugares dos ônibus.
Esta abordagem engloba além da questão residencial, a segregação dos empregos, comércio e serviços. Como exemplo, o texto explicita a situação de São Paulo, cujo centro estaria se deteriorando mas na verdade a decadência ocorreu porque a classe dominante abandonou o centro de São Paulo, dele retirando suas lojas, escritórios, cinemas etc. A segregação residencial vem sendo estudada há décadas, mas está só pode ser abordada considerando a divisão por áreas urbanas e não bairros. Vale ressaltar que “ a otimização dos tempos gastos no deslocamento espacial (tempo) dos moradores das cidades é o mais importante fator explicativo da organização do