Império Árabe
O surgimento do Império Árabe está ligado intimamente com o nascimento do islamismo. Até o século VII a Arábia era formada por diversas tribos, que tinham crenças, costumes e líderes diferentes. Após ter criado o islamismo, Maomé decidiu unir todas as tribos árabes sob o domínio de um único Estado, que seria baseado na religião islâmica. Maomé se tornou o chefe religioso e político de toda a região e quando morreu, em 632, deixou na cabeça de todos os árabes uma interrogação: Quem será o novo líder?
O novo califa
O profeta Maomé faleceu sem deixar instruções de como a sua sucessão deveria ser feita. Alguns muçulmanos defendiam que Ali ibn Abi Talib, primo do profeta e genro do profeta, deveria assumir o posto de líder político-religioso, mas a maior parte da Ummah, como é chamada a comunidade muçulmana, optou por ter Abu Bakr, um dos sogros de Maomé, como seu califa. O governo de Abu durou apenas dois anos e foi marcado pelas tentativas de reconquistar os povos que, após morte de Maomé, buscaram voltar à independência.
Abur Bakr indicou Umar Ibn Al-Kattab, um dos primeiros seguidores de Maomé, para seu sucessor e este governou entre 644 e 656 e durante esse período expandiu o território do Império Árabe, conquistando a Síria, a Palestina, o Egito e boa parte da Pérsia.
Xiitas e sunitas
O terceiro califa, Uthman Ibn Affan, começou seu governo em 644. Foi nesse período que o texto oficial do Alcorão foi confeccionado e o Império Árabe aumentou ainda mais o seu domínio, conquistando completamente a Pérsia, e grandes porções da Ásia Menor e do norte da África.
As proporções territoriais enormes do Império Árabe dificultaram a administração e a corrupção começou a ser frequente nas elites árabes. Essa situação fez com que um grupo de pessoas que defendiam o primo e genro de Maomé, Ali Ibn Abi Talib, como califa ganhasse mais adeptos. Uthman foi assassinado durante esse período e Ali se tornou o quarto califa.
Os partidários