Império de Carolíngio
Com a desagregação do Império Romano e a organização da sociedade feudal, inúmeros reinos se formaram. O reino Franco, formado na Gália (atual França), foi o mais duradouro desses novos territórios. Ali, a dinastia carolíngia sucedeu à dinastia merovíngia em 751, sendo fundada por Pepino, o Breve, que naquele ano depôs o último merovíngio e se fez eleger rei dos francos por uma assembleia do seu povo, para além da sagração papal em 754.
Em 768, a dinastia carolíngia foi entregue a Carlos Magno, monarca responsável pelo apogeu da dominação dos francos na Europa medieval. Seguindo uma política de tom expansionista, o novo rei promoveu o domínio de territórios situados na península itálica e entrou em luta contra os muçulmanos, estabelecendo a Marca Hispanica, na região sul dos Pirineus (espécie de zona neutra, destinada a isolar e proteger as fronteiras do império). Logo depois, conquistou a cidade de Barcelona, as ilhas Baleares e impôs sua dominação sob os povos saxões da Germânia.
Formando um vasto território, Carlos Magno teve grande preocupação em organizar administrativamente as regiões conquistadas. Para tanto, realizou a doação de terras a todos os nobres que o auxiliavam durante as batalhas. Além disso, dividiu todos os domínios imperiais em duzentos condados que seriam geridos por um nobre e um bispo. O controle do poder exercido por esses líderes locais era fiscalizado por um funcionário público chamado missi dominici (“enviados do senhor”).
Com a morte de Carlos Magno, em 814, o poder passou para seu filho Luís, o Piedoso, que governou até 840. Fortemente influenciado pela Igreja, Luís foi um monarca fraco. Terras da Igreja e domínios senhoriais